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A pedofilia não encontra barreiras territoriais, financeiras ou familiar
Marialva município do noroeste do Paraná, com aproximadamente 38 mil habitante. Nesse lugar onde a vida deveria passar sem maiores problemas temos uma estatística comparável aos grandes centros urbanos. Segundo registro na Vara de Família, só em 2010, já ocorreram dez casos de pedofilia na cidade.
A psicóloga responsável por esse setor no Forum Municipal Luiza Arcanja, afirma que o volume a surpreendeu pelo fato de que cidades mais violentas como S arandi não apresentam essa mesma incidência. Marialva é somente uma cidade em meio a tantas outras que sofrem com diversos crimes contra a crianças no país. O tráfico de menores, abuso sexual, estupro, todas essa cadeia de barbáries movimenta uma rede de corrupção grande. As vezes falar de um aspecto, é esquecer de como se chegou aquele ponto.
Se acreditarmos somente em pedofilia seriamos tão parciais que nem notariamos que essa corrupçao de menores é só a ponta do iceberg, que engloba diversas razões, seja emocional, seja oportunista ou como já acontece há anos, para suprir uma carência familiar, a citar país sem filhos. Em 2008, o site "investidura - portal jurídico, estimou que 1, 2 milhões de crianças desaparecem todos os anos em decorrência dessa criminalidade que explora o problema de diversas maneiras e utiliza diveros mecanismos de aliciação para prática sexual.
Porém temos a idéia de que essas práticas vem somente do homem, mas a conivência da mulher em muitos casos chega a beira do escravagismo sexual contra o menor, um dado estatístico que surpreende levantado pelo site "Safernet Brasil - jornalistas", é a participaçao de mulhres em 30% das imagens de abuso sexual contra crianças. A idéia de que o pedófilo é somente homem então seria falsa.
O que é pedofilia?
Pergunta simples, porém que espanta até quem já está habituado a denuncias desse tipo de ocorrência. Esse problema mental é classificado como paráfilia, ou seja, desvio sexual, pela Organização Mundial da Saúde, porque muitas vezes a atração do adulto para com a criança não chega a conjunção carnal, sim, um fetichismo. Isso não dimunui a carga de culpa da pessoa em participação de uma rede que vai muito além de seu problema específico.
Segundo Luiza Arcanjo, o pedófilo tem uma conduta classificada como doença incurável, e que em alguns casos sua detenção pode não ocorrer devido a falta de provas físicas, que o levem para a prisão.
Uma vez que a prática requer todo um ritual de aproximação e ganho de confiança do menor, e nesse ponto se encontra uma das mais polêmicas discussões sobre o assunto. Uma vez que o maior o maior percentual de pedófilos pelo mundo é na familia, mais específicamente entre pai e filho. De acordo com a psicóloga do Forum de Marialva, quem tem o controle da formação do caráter do menor? Quem instrui o menor?
O pai, o padrasto e pode parecer incomum o irmão, mas nesse último caso, dependendo da idade, seria mais um jogo sexual, que deve ser prevenido para não acarretar futuros desvios de conduta do menor abusado, o levando de vitíma à vilão no futuro.
A cautela na prevenção e orientação contra esse tipo de conduta familiar é dificil, prender um pai abusador é difícil. Existe uma série de incidentes que podem ocorrer segundo o conselheiro do tutelar de Maringá João Donizete Francisco Alváro, uma delas seria a retroação do menor na denúncia mediante a ameaça familiar. Por isso mesmo o afastamento da criança do lar, pode trazer a impressão de melhora na vítima. Essa ação preventiva seria mais uma tentativa de conseguir a verdade da criança, que muitas vezes presta dois depoimentos diferentes no mesmo caso, mesmo depois de comprovado a conjunção carnal.
O conselheiro tutelar afirma que todo pedófilo alega que foi seduzido pela criança, que só fez o que ela pediu, mesmo ela sendo menor de oito anos esse desculpa é recorrente. Esse aspecto como foi apresentado de fato seria uma tentativa de insentar-se de culpa, mas segundo ele mesmo já ocorreu flagrantes de menores com adulto, em que a criança ficou do lado do dito agressor.
O menor afirmou que se tratava de um relacionamento, um namoro, causando muito embaraço ao pai denunciante, pois junto a isso deflagra-se uma série de problemas ocorridos dentro do lar e que se repete em diversas familias como: Exposição a material erótico, displicência familiar, desatenção com o que o filho vê na TV, na internet, e o mais grave com quem seu filho ou filha se relaciona fora de casa. Constragedor, mas real, não existe um controle do que se passa nos diversos veiculos comunicação. Existe sim um tentativa de controle, porém segundo Luiza Arcanjo do Forum de Marialva, são os pais que podem diminuir a exposição da criança ao sensacionalismo e sem condenar a uma culpa que não é dela.
Autor: Emir J. S. Bezerra 04/12/2010
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