sexta-feira, 30 de abril de 2010

Calvície feminina: uma questão de vaidade ou saúde



Pesquisas indicam que uma entre cada cinco mulheres pode vir a apresentar a calvície. Estima-se que no Brasil a calvície atinja mais de 2 milhões de mulheres, segundo o cirurgião dermatológico Carlos Pereira, membro da International and American Society of Hair Restoration.
Então como podemos considerar a queda excessiva de cabelos nas mulheres ou até mesmo a calvície? Vaidade ou saúde? Sintoma ou doença?
Em entrevista com o médico dermatologista Moisés Albuquerque, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Cirurgia Dermatológica e também membro da American Academy of Dermatogy, as causas mais frequentes da queda de cabelo em mulheres que chegam ao seu consultório são: 1) a síndrome dos ovários policísticos, 2) a deficiência de ferritina e também a 3) alopécia androgenética que costuma aparecer em mulheres que já passaram do período da menopausa.
A seguir as definições dos números 1, 2 e 3. A Síndrome dos ovários Polocísticos (SOP) (1) é uma doença endócrina complexa, que tem como elementos principais hiperandrogenismo e anovulação crônica. Caracteriza-se por irregularidade menstrual ou amenorréia e uma ampla gama de achados decorrentes do hiperandrogenismo: hirsutismo, acne, alopécia e seborréia. Representa uma das desordens endócrinas reprodutivas mais comuns em mulheres, acometendo em torno de 5% a 10% da população feminina em idade fértil. A 2) ferritina é uma proteína que armazena ferro e o libera de forma controlada. Ferritina é produzida por quase todos os seres vivos, incluindo bactérias, plantas e animais. Em humanos a ferritina funciona como amortecedor contra deficiência de ferro e sobrecarga desse mineral. Se a pessoa tiver ferritina baixa, deficiência de ferritina, há o risco de falta de ferro, que pode levar à anemia. Níveis baixos de ferritina ( menor que 50 ng/ml) tem sido associados a sintomas de síndrome das pernas inquietas, mesmo na ausência de anemia ou doença. Ferritina baixa também pode indicar hipotireiodismo ou deficiência de vitamina C. A (3) alopécia androgenética é a queda dos cabelos causada por fatores hereditários, que podem ter sido herdados tanto do lado materno quanto paterno da família. Acomete 50% das mulheres após os 40 anos de idade e quando é o lado materno acometido, o risco de desenvolver a calvície esta aumentado. É uma rarefação difusa dos fios, com preservação da linha frontal.
Não obstante as causas já mencionadas da queda excessiva de cabelos em mulheres destacam-se ainda as alterações hormonais como da tireóide e do pós-parto. Além, de tratamentos para o câncer, estresse emocional, alimentação inadequada e anemia.
O fato é que a maioria das mulheres procura o médico logo no início do problema, em geral de dois a três meses após o início da queda, de acordo com Albuquerque.
A rápida procura se dá devido ao medo de que essa queda de cabelo possa afetar a beleza feminina. E, isso pode levar muitas mulheres que já estão com o quadro de calvície instalado a desenvolverem a depressão, já que a calvície afeta a auto-estima das mulheres.
Como no caso de Laura ( nome fictício) que, aos 51 anos, relata que estava se sentindo muito deprimida e feia, a calvície a estava abalando psicologicamente.
Para os médicos a queda de cabelos ou a calvície feminina pode ser considerada um sintoma de outras alterações corporais. O problema pode ser um gancho para se diagnosticar outras doenças ou alterações que estão por trás da calvície.
A Srª Laura disse que em seu caso a queda excessiva de cabelos veio como um aviso de que existia uma causa maior por trás, segundo ela havia uma alteração hormonal devido a um nódulo na tireóide que estava causando tanta queda de cabelos. Para ela, graças à queda de cabelos pôde se fazer o diagnóstico correto o que a livrou de um problema maior o câncer, visto que, se não tivesse percebido o problema a tempo o nódulo poderia ter se tornado um câncer maligno.
Graças à vaidade feminina as mulheres recorrem aos médicos e aos tratamentos corretos no tempo certo o que lhes garante mais saúde e longevidade e, por que não dizer, mais beleza!

Hepatite - Uma doença silenciosa.


A hepatite é uma doença silenciosa. Uma a cada 12 pessoas no mundo está infectada e mãe não sabe. Cerca de 6 milhões de brasileiros são portadores do vírus da hepatite. Esta prevalência é 10 vezes maior que a AIDS. As hepatites são assintomáticas, ou seja, podem evoluir para a cirrose e câncer do fígado.
Este ano, em Maringá, cerca de 162 pessoas fizeram a testagem da Hepatite B, sendo um positivo. E outras 160 pessoas realizaram a testagem da Hepatite C, sendo um positivo. O teste é feito através de um cadastro do paciente na recepção do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento. O paciente passa por um pré-teste chamado Aconselhamento, onde é verificada a vulnerabilidade dele. O paciente é então preparado para o exame e para receber o resultado do exame.
Estas pessoas estão transmitindo a doença para seus parceiros sexuais, partilhando seringas no uso de drogas injetáveis, e até para a família, através de contato com sangue e secreções, por lesões ou ferimentos, inclusive a gestante para o recém-nascido.

RISCOS: É importante que se realize o teste de detecção das hepatites se tiver recebido transfusão de sangue antes de 1992, se usou drogas injetáveis, se alguém da família está infectado, se recebeu algum transplante, se faz hemodialise, se as transaminases estão elevadas, se possui tatuagem ou piercing. Para o teste de detecção das hepatites, não é preciso estar em jejum. Ele é feito através da coleta de sangue, motivo pelo qual usam o exame de hepatite como desculpa para testar o HIV. Todos os planos de saúde cobrem o teste, que pode ser realizado em hospitais públicos, nos Centros de Testagem e Acompanhamento e nos postos de saúde. Se o resultado for positivo, é necessário procurar assistência médica especializada.

Reflexos gerais do alcoolismo no Brasil

Termina intervenção da Santa Casa de Cianorte, porém pronto-socorro continua fechado


Terminou no dia 8 de março a intervenção que a Santa Casa de Cianorte vinha sofrendo desde 5 de setembro de 2008, quando presidente Jorge Abou Nabhan foi destituído da presidência para averiguação de irregularidades, pela juíza Stela Maris Perez Rodrigues.
Foram verificadas muitas irregularidades, entre elas: o pagamento de salário para o presidente, as dívidas que chegam a 1 milhão de reais, entre outras.
Como agravante, o Pronto-socorro foi fechado por tempo indeterminado desde o dia 28 de fevereiro por falta de recursos, já que, segundo a interventora da Santa Casa, Clélia Alves dos Santos, alguns dos 11 municípios atendidos pela entidade, estão atrasando os seus repasses financeiros.
Com essa decisão, Cianorte passou a contar com o atendimento emergencial do Hospital São Paulo, para pacientes da cidade e da região, e com a unidade de Pronto Atendimento, para casos de pouca gravidade e pacientes de Cianorte.
No último dia 22 de março, foi escolhida em uma reunião extraordinária, uma nova diretoria para a fundação. Com 12 dos 14 votos possíveis, Alcides Nascimento de Oliveira, que há 3 anos fazia parte do Conselho Municipal de Saúde, assume a direção da entidade com compromisso de reabrir o pronto-socorro e realizar um trabalho transparente para a sociedade. Para Alcides, a principal meta da nova diretoria é a reabertura imediata do pronto-socorro através de negociações com os médicos que estão com seus honorários em atraso. Segundo ele, a nova diretoria assume junto com um conselho que participará de todos os atos, assim como a imprensa, para que o trabalho seja transparente e claro durante a gestão.
Alcides era candidato à vice de uma chapa que tinha como presidente o Dr. Jorge Nabhan, chapa essa que foi indeferida pela promotoria.
Nesse último período de intervenção, a Santa Casa vinha sendo administrada por Clélia Alves dos Santos que faz sua avaliação ressaltando a falta de valorização por parte de algumas prefeituras, afirmando que para alguns prefeitos, a entidade não passa de um depósito de pessoas. Ela diz que foi um trabalho árduo, porque a intervenção não traz benefícios a ninguém, mas foi necessária, já que haviam coisas irregulares. Hoje o cargo é transmitido a nova diretoria com a certeza de que a Santa Casa não foi mal administrada como foi dito, ao contrário, tem uma administração transparente e sustentação para andar sozinha.
Até agora, a população continua aguardando que algo seja feito e o atendimento volte ao normal.

Acadêmica Cínthia Carla Rocha