terça-feira, 7 de setembro de 2010



Cegueira social




Indivíduos invisíveis, cruzamos com eles todos os dias, o melhor que fazemos, se o fazemos, é jogar uma moeda, talvez pensemos ser a solução, e assim ignoramos os já ignorados por todos




Vadios, mendigos, desocupado, oportunistas; a forma como enxergamos os cidadãos que vivem nas ruas sempre vem carregado de preconceito, seja qual for conveniente para nos justificarmos perante um dos maiores problemas sociais, se não o maior.


O que esquecemos quando evitamos esse assunto, é que somente fomentamos um mal que vai inevitavelmente vai nos atingir, uma vez que junto a essa mazela social existem outras como: fome, tráfico de drogas, assaltos, prostituição entre tantas outras que somente nos faz questionar: Por que ocorre tanta desigualdade?


Alguns programas que o governo federal criou para amenizar a situação dessas pessoas, surtiram um efeito preducicial, já que uma parcela de oportunistas se faz de pobre para usurfruir de recursos cedidos pelo governo. Essa atitude de má fé diariamente é repetida pelos veiculos de imprensa. Quando analisamos a situação de maneira crítica vemos que essa atitude é cometida por diversas classes sociais, pessoas que se fazem necessitados, ignorando problemas como a fome, abandono infantil e exclusão social. Essas pessoas se preocupam apenas em tirar vantagem .


A psicóloga Luiza Arcanjo Fantanto, afirma que essa concepção de modo geral também existe entre os necessitados. Ela esclarece que não é somente dando que se resolveria o problemas dessas pessoas. Para ela o problema começa na formação do indivíduo, por que muitos se acomodoram.Uma politica de geração de renda seria necessaria para tirar essas pessoas da margem da sociedade.


Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social, 1,8 milhões cerca de 0,6% a 1%da população, vivem assim, os motivos são diversos, falta de renda, analfabetismo que impossibilita sua inclusão profissional. Essa condição social que por muitos sempre foi vista como desculpa, era passiva até de prisão segundo o Decreto - Lei 3688, de Outubro de 1941, conhecido como Lei de Contravenção Penais.

O texto punia o andarilho, o mendingo ou como queira, o vádio, à-toa, preguiçoso, o sem vergonha, como já dito, a melhor maneira que encontrarmos para ignorar, e dormirmos em nossas casas sem remorso. Mas felizmente desse mal de lei não sofrem mais os ainda desamparados sociais, com o advento da artigo 1º da Lei 11.983/09, que promove a revogação expressa do artigo 60 da Lei de Contravenção Penais ninguém poderá ser processado ou condenado pela contravenção de medincância, já que em muito nunca se fez valer mesmo a lei.

Medida paliativa, solução final, não!

Apenas uma simples justiça que se faz, uma que ninguem pode ser preso por não ter condições financeira, educacionais e de moradia, igual a maioria, já que falta muitos instrumentos sociais que impulsione a inclusão social para andarilhos e moradores de rua, e que muitas vezes ainda padecem de patologias mentais decorrentes de uma serie de traumas de infância. Longe de querer justificar ou mascarar a desigualdade com essa informação apurada junto a psicóloga Adriana favoretto do CRAS (Centro de referência de Assitência Social), no municipio de Marialva.


Afirmado também pela assistente social Katia Malheiro, e a psicóloga Luiza A. Fantato, que trabalhou com casos em que o indivíduo sofria de traumas decorrentes da infância pobre e em alguns casos, a intolerância de parentes que não procuram entender esses distúrbios, e sim julgar. O Brasil tem diversos problemas sociais a serem sanados, porem também encontra diversas maneiras de enconde-los a exemplo a vida do Papa Bento 16, no dia 11 de maio de 2007, onde um efetivo enorme foi colocado nas ruas para evitar que o pontífice fosse atacado, ou mesmo enxergasse aquelas "pessoas", que vivem nas ruas próximas a Praça da Sé. A fé une pessoas, é assim que fomos ensinados, mas também aprendemos que o dinheiro afasta.

postado por: Emir José Santiago Bezerra no dia 07/09/2010

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