Há décadas o rádio entra nos lares das pessoas fazendo toda a diferença no dia-a-dia delas, sejam empresãrios ou agricultores, pobres ou ricos. mas de onde vem essa alegria contagiante que chega através das ondas do rádio e hoje até pela internet nas nossas casas? Vem de pessoas assim como e você. quem têm experiências pra contar e dividir, lições de vida e um humor ímpar.
O poder do rádio em interferir no cotidiano das pessoas é ainda relevante, sendo então esse aparelho um poderoso meio de comunicação de massa. Mesmo com todos esse poder o rádio é pouco lembrado. E onde fica o reconhecimento do prossional de rádio? Aquele que leva alegria, informação, descontração para dentro de tantas casas hoje pelo mundo a fora através da internet? Esse profissional, conhecido por locutor ou mesmo radialista, com aquela voz bonita que faz seu ouvinte imaginá-lo como um swe lindo de outro planeta, raramente é visto, é pouco reconhecido, mas ainda assim é a alegria dos dias de muita gente. Gente essa como a dona de casa Marília Dirceu Faria que diz não ficar com o rádio delsigado nunca. "Ele é meu companheiro, e tenhos meus ralialistas preferidos quase como pessoas da minha família" afirma ela.
Wilson Silva foi, durante a maior parte de suas vida, radialista, Seus filhos cresceram dentro de um estúdio de rádio e essa "arte" foi transmitida a eles. "Eu nasci no rádio, ouvindo e aprendendo aquilo. Meu pai tinha paixão por rádio e nos ensinou a amar isso também. Sou radialista não por influência dele, mas porque o que aprendi sobre rádio foi real." conta Wilson Silva Junior, filho de Wilson Silva, policial aposentado e radialista atuante. Pessoas como ele existem aos montes. Homens e mulheres que passam sua vida se dedicando a levar alegria às casas das pessoas esquecendo-se até mesmo dos seus próprios problemas. E seu filho, Thiago Barbosa, estudante de Educação Física que já esteve trabalhando no rádio com o pai, completa ainda dizendo: "Meu avô ensinou isso tão bem para o meu pai que ele passou isso para nós (ele e irmãos)".
Maurício Ribeiro, radialista há mais de 20 anos, diz que hoje não se sente mais entusiasmado ao entrar no estúdio e ter que novamente começar seu programa diário. Ele diz que "todo dia temos que estar 100% alegres, sem problemas e isso não é real, muitas vezes o Maurício do rádio não é o mesmo Maurício esposo da Fulana, pai do Ciclano, porque não dá para estar 100% todos os dias durante 20 anos." Isso mostra, entre outras coisas, que além de não ser reconhecido como merece pelo seu trabalho, o radialista também tem seus problemas, seus dias de mau-humor, mesmo quando achamaos que eles são seres divinos e intocáveis.
O rádio é ainda hoje - em tempos de tecnologias tão avançadas - um veículo de comunicação que tem sua importância reconhecido, mas mesmo diante disso pouco lembra-se dele nos estudos, na academia, nas áreas das ciências humanas e na história. E talvez só vamos nos conscientizar de sua importância no dia em que a tecnologia tomar o lugar do rádio e não ouvirmos mais a linda voz que chega através das ondas do rádio sendo a única a te desejar "bom dia".
Cínthia Carla Rocha
Acadêmica do Curso de Jornalismo da Faculdade Maringá
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Cegueira social
Indivíduos invisíveis, cruzamos com eles todos os dias, o melhor que fazemos, se o fazemos, é jogar uma moeda, talvez pensemos ser a solução, e assim ignoramos os já ignorados por todos
Vadios, mendigos, desocupado, oportunistas; a forma como enxergamos os cidadãos que vivem nas ruas sempre vem carregado de preconceito, seja qual for conveniente para nos justificarmos perante um dos maiores problemas sociais, se não o maior.
O que esquecemos quando evitamos esse assunto, é que somente fomentamos um mal que vai inevitavelmente vai nos atingir, uma vez que junto a essa mazela social existem outras como: fome, tráfico de drogas, assaltos, prostituição entre tantas outras que somente nos faz questionar: Por que ocorre tanta desigualdade?
Alguns programas que o governo federal criou para amenizar a situação dessas pessoas, surtiram um efeito preducicial, já que uma parcela de oportunistas se faz de pobre para usurfruir de recursos cedidos pelo governo. Essa atitude de má fé diariamente é repetida pelos veiculos de imprensa. Quando analisamos a situação de maneira crítica vemos que essa atitude é cometida por diversas classes sociais, pessoas que se fazem necessitados, ignorando problemas como a fome, abandono infantil e exclusão social. Essas pessoas se preocupam apenas em tirar vantagem .
A psicóloga Luiza Arcanjo Fantanto, afirma que essa concepção de modo geral também existe entre os necessitados. Ela esclarece que não é somente dando que se resolveria o problemas dessas pessoas. Para ela o problema começa na formação do indivíduo, por que muitos se acomodoram.Uma politica de geração de renda seria necessaria para tirar essas pessoas da margem da sociedade.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social, 1,8 milhões cerca de 0,6% a 1%da população, vivem assim, os motivos são diversos, falta de renda, analfabetismo que impossibilita sua inclusão profissional. Essa condição social que por muitos sempre foi vista como desculpa, era passiva até de prisão segundo o Decreto - Lei 3688, de Outubro de 1941, conhecido como Lei de Contravenção Penais.
O texto punia o andarilho, o mendingo ou como queira, o vádio, à-toa, preguiçoso, o sem vergonha, como já dito, a melhor maneira que encontrarmos para ignorar, e dormirmos em nossas casas sem remorso. Mas felizmente desse mal de lei não sofrem mais os ainda desamparados sociais, com o advento da artigo 1º da Lei 11.983/09, que promove a revogação expressa do artigo 60 da Lei de Contravenção Penais ninguém poderá ser processado ou condenado pela contravenção de medincância, já que em muito nunca se fez valer mesmo a lei.
Medida paliativa, solução final, não!
Apenas uma simples justiça que se faz, uma que ninguem pode ser preso por não ter condições financeira, educacionais e de moradia, igual a maioria, já que falta muitos instrumentos sociais que impulsione a inclusão social para andarilhos e moradores de rua, e que muitas vezes ainda padecem de patologias mentais decorrentes de uma serie de traumas de infância. Longe de querer justificar ou mascarar a desigualdade com essa informação apurada junto a psicóloga Adriana favoretto do CRAS (Centro de referência de Assitência Social), no municipio de Marialva.
Afirmado também pela assistente social Katia Malheiro, e a psicóloga Luiza A. Fantato, que trabalhou com casos em que o indivíduo sofria de traumas decorrentes da infância pobre e em alguns casos, a intolerância de parentes que não procuram entender esses distúrbios, e sim julgar. O Brasil tem diversos problemas sociais a serem sanados, porem também encontra diversas maneiras de enconde-los a exemplo a vida do Papa Bento 16, no dia 11 de maio de 2007, onde um efetivo enorme foi colocado nas ruas para evitar que o pontífice fosse atacado, ou mesmo enxergasse aquelas "pessoas", que vivem nas ruas próximas a Praça da Sé. A fé une pessoas, é assim que fomos ensinados, mas também aprendemos que o dinheiro afasta.
postado por: Emir José Santiago Bezerra no dia 07/09/2010
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