Colecionar é um habito comum, mas o abusos podem transformar essa diversão em doença
Colecionar é uma pratica corriqueira no decorrer da vida toda, seja quando criança, adolescente ou depois de adulto. Mas para maioria esse "hobby" tem começo, meio e fim. Porém, existem muitos casos de pessoas que transformaram a atividade saudável em competição com outros colecionadores, ou nem perceberam o quanto já estavam dependentes da própria coleção. Identificar quando o simples habito de colecionar passou a ser uma compulsão, sempre parte da mãe, mulher, irmãos. namorado(a) e amigos.
Mas não se pode esquecer que a família na infância é grande incentivadora, a criança por si só, vai sempre pedir, tudo pode deslumbrá-la, cabe então aos pais controlar esse entusiasmo, para que aquele pequeno colecionador não se torne um adulto que guarde todo tipo de porcarria. Esse tipo de colecionador pode sofrer de vários tipos de problemas neuropsiquiátricos a ser identificado, de acordo com o caso.
Autismo, esquizofrenia, sindrome de tourette, diferentes tipos de demência e o mais grave de todos, transtorno obessivo-compulsivo podem ser diagnosticados como afirma Dr. Ricardo Teixeira neurologista da (UNICAMP) em seu blog, "consciência no dia-dia. Steven w. Anderson, neurologista da Universidade de Iowa (EUA), num estudo com 86 pacientes, avaliou em 13 deles lesões no cérebro, o detalhe interessante e que todos sofriam de compulsão por acumular todo tipo de quinquilharia. Essas lesões foram mostradas num exame de ressonância realizado com esse grupo.
O comportamento errante de guardar algo inútil já havia sido observado em diversas espécies de pássaros e roedores. Porém no ser humano esse comportamento não fica restrito a regiões primitivas do cérebro como, hipocampo e amígdala, o estudo norte-americano, demonstrou que envolve o messial frontal direito.
Colecionadores sempre alegam apego emocional, desconversam quando são acusados de fanátismo e acusam terceiros de de esterem sendo exagerados, na maioria das vezes é um medo de admitir um problema de caráter psíquico, ser taxado de louco ou mesmo gerar desconfiança.
Alan andré Aparecido Bezerra, diz haver sempre um exagero quando se fala da sua coleção."Eu acredito que a paranóia vem da cabeça de quem diz essas besteiras. Colecionar para mim é um habito saudável".
Sendo assim parentes próximos devem buscar cautela e tentar entender o problema antes de julgar deliberadamente o comportamento dessas pessoas.
Elvira Bezerra, mãe de dois colecionadores diz que é muito difícil lidar com ess situação, mas procura passar conselhos baseados em sua experiência de vida."Sempre estou aconselhando, ainda mais quando os vejo em casa sem poder sair porque já gastaram muito, mas eu tenho filhos independentes financeiramente, o que torna a conversa mais delicada".
No entanto, esse hobby pode dificultar a vida social do colecionador e da sua família. Nesse caso as pessoas próximas podem procurar auxílio para o problema. Por meio de profissionais, e com a aceitação de que adiversão transformou-se em obsessão, o colecionador recebe um auxilio adequado.
O tratamento consiste em psicoterapia com medicamentos específicos, o TOC, já afirmado como causa maior dos problemas ligados ao "colecionismo", tem como medicamentos mais eficientes antidepressivos serotoninérgicos. No decorrer do tratamento o médico irá avaliar o progresso do paciente, e determinará se reduz, ou corta de vez o tratamento, mas sempre haverá um acompanhamento por parte de profissionais.
postado por: Emir J.S. Bezerra, acadêmico da faculdade Maringá